Sobre trocas genéricas e regras superficiais

trocas genericas e regras superficiais
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Nutricionista (CRN 61384) Pós-Graduada em Emagrecimento, Nutrição e Fisiologia do Exercício.

“Meu trabalho com a Nutrição vai muito além de prescrever dietas e ajudar no emagrecimento. Acredito muito na valorização da saúde e no poder do despertar da beleza, sendo dois grandes valores que norteiam toda a minha atuação como nutricionista.”

É muito comum quando estamos consumindo conteúdos de nutrição nos depararmos com certas dicas que nos ensinam a trocar determinado alimento por outro, alegando que “este” seria infinitamente melhor do que “aquele”.

“Troque o pão pela tapioca.”
“Troque o sal comum pelo sal rosa.”
“Troque o óleo de soja pelo óleo de coco.”

Quem nunca leu ou ouviu essas sugestões genéricas? O problema está exatamente aí: são dicas generalistas que não levam em consideração as especificidades, individualidades, gostos e perfil hormonal do indivíduo.

Um dos exemplos que inclusive trouxe recentemente para o meu perfil no Instagram (@danizambranoo) foi sobre a troca da margarina pela manteiga. Afirmações generalistas dirão que se trata do mais óbvio, visto que um se trata de um produto ultraprocessado e o outro não. Porém, dois fatores importantes devem ser levados em consideração nesse caso:

Antigamente apontava-se que o grande ponto negativo das margarinas era a sua grande quantidade de gordura trans. Mas hoje já se sabe que, graças a acordos da indústria com a Anvisa, atualmente as margarinas já evoluíram muito e não possuem mais tanta gordura trans – muitas vezes chegando a zero.

Outro fator a se levar em consideração é que, devido a grande quantidade de gordura saturada das manteigas, ela se torna uma opção nada favorável para indivíduos com esteatose hepática (gordura no fígado) e colesterol alto, fazendo com que a margarina se torne uma opção mais interessante nesses casos.

Ambos os fatores não são levados em consideração em afirmações generalistas e rasas que consumimos mundo afora. Além disso, nenhum alimento deve ser levado em conta isoladamente, pois deve-se analisar todo o contexto de uma alimentação: com qual frequência se ingere tal alimento? Em que quantidade? Junto com quais outros alimentos? Qual o objetivo desse paciente? Ele deseja emagrecer ou ganhar massa magra? Quais são seus níveis de colesterol? E assim por diante…

É frequente que as pessoas escorreguem nas quantidades apenas por levar em consideração que tal alimento “faz bem” e assim exageram na dose. Lembram da moda do óleo de coco até no cafezinho? Esse é apenas um de tantos outros exemplos…

Esse é o porquê se torna tão errado copiar dietas da internet e não se deve “pegar emprestado a dieta da amiga que passou pela nutri”. Somos únicos: com estilos de vida, necessidades, perfis hormonais e objetivos diferentes. Nem tudo é “bom” ou “ruim” para todos e é preciso cautela com as regras superficiais que lemos por aí.

Danielle Zambrano@danizambranoo
Nutricionista (CRN 61384)
Pós-graduada em Emagrecimento, Nutrição e Fisiologia do Exercício.

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