“Meu trabalho com a Nutrição vai muito além de prescrever dietas e ajudar no emagrecimento. Acredito muito na valorização da saúde e no poder do despertar da beleza, sendo dois grandes valores que norteiam toda a minha atuação como nutricionista.”
A doença celíaca é o nome dado a reação imunológica à ingestão de glúten, uma proteína encontrada no trigo, na cevada, centeio, malte e na aveia por contaminação. Ao longo do tempo, a reação imunológica à ingestão de glúten cria uma inflamação que danifica o revestimento do intestino delgado, causando complicações médicas. Isso também pode causar uma má absorção de alguns nutrientes.
O sintoma clássico é a diarreia, mas podem surgir outros como inchaço, gases, fadiga, baixa contagem de glóbulos vermelhos (anemia) e osteoporose. Porém pode ocorrer de muitas pessoas não apresentarem sintoma algum.
O principal tratamento é uma dieta rigorosa sem glúten que pode ajudar a controlar os sintomas e promover a cicatrização intestinal. Os objetivos da dieta são: modificar o estado nutricional, favorecer a absorção com os alimentos isentos de glúten e moderar o trânsito intestinal. Se o paciente apresentar diarreia, a dieta deve ser obstipante (sem fibras), até as vilosidades intestinais voltarem ao normal. Se não, a dieta pode ser geral.
Nos períodos de crise, a dieta deve ser isenta de sacarose, lactose e fibras (além do glúten que deve ser restrito sempre). Recomenda-se também o uso de probióticos que auxiliam na absorção dos nutrientes, aliado a uma dieta obstipante para controlar o trânsito intestinal.
O que uma pessoa com doença celíaca come?
Cereais (arroz, milho, quinoa, amaranto) e farinhas e féculas (farinha de arroz, amido de milho, fubá, farinha de mandioca, fécula de batata, farinha de soja, polvilho, araruta, flocos de arroz e milho). As verduras, frutas e legumes são todos permitidos e podem ser comidos crus ou cozidos. As gorduras, como óleos e azeites, assim como os laticínios também são permitidos. As sementes oleaginosas também fazem parte da dieta, como nozes, amêndoas, amendoim, castanhas da Amazônia e caju, avelãs, macadâmias, linhaça, gergelim, abóbora, etc.
Atenção redobrada com a possibilidade de contaminação cruzada de glúten! Isso é possível em certos casos como através de óleo de fritura utilizado no preparo de alimentos com glúten, utilização da mesma faca para se passar margarina em pão com glúten e depois passar em outro alimento sem glúten, ao usar tabuleiros ou formas polvilhadas com farinha de trigo e depois reutilizá-las para os produtos sem glúten, sem que tenham sido bem lavadas.
Fique sempre atento em prezar pela qualidade da sua alimentação! Pacientes com doença celíaca devem fazer a suplementação de Ferro, Cálcio, Vitamina A, D, K e B12.
Danielle Zambrano – @danizambranoo
Nutricionista (CRN 61384)
Pós-graduada em Emagrecimento, Nutrição e Fisiologia do Exercício.