“Meu trabalho com a Nutrição vai muito além de prescrever dietas e ajudar no emagrecimento. Acredito muito na valorização da saúde e no poder do despertar da beleza, sendo dois grandes valores que norteiam toda a minha atuação como nutricionista.”
Todos nós conhecemos alguém que possui algum tipo de intolerância alimentar (Lactose, Glúten, etc.). Mas afinal, o que seria isso? As intolerâncias são reações adversas ao alimento que resultam em sintomas clínicos, mas não são causadas por uma reação do sistema imune. Decorrem de mecanismos não imunológicos, incluindo reações tóxicas, farmacológicas, gastrointestinais, genéticas, metabólicas, psicogênicas ou idiossincráticas.
Elas são muito mais comuns que as alergias e são geralmente desencadeadas por substâncias químicas de baixo peso molecular e por compostos biologicamente ativos do alimento. Os sintomas causados por intolerâncias alimentares são com frequência semelhantes à alergia alimentar e incluem sintomas gastrointestinais, manifestações cutâneas, respiratórias e neurológicas. Clinicamente, é importante distinguir a intolerância alimentar da alergia alimentar imunomediada, pois a alergia pode causar reações anafiláticas de risco à vida, diferentemente da intolerância.
Falando especificamente sobre a intolerância a lactose, trata-se de uma doença individual, sendo necessário cada um analisar-se para conhecer o seu próprio limite com a lactose, pois ao retirar totalmente o leite e derivados pode muito provavelmente ocorrer uma deficiência de cálcio, principalmente em crianças.
Diferentemente do que muitos acreditam, a maioria dos indivíduos não precisa evitar a lactose completamente, pois possuímos diferentes níveis de intolerância, sendo necessário saber os limites por tentativa e erro.
Para pessoas que toleram pouca quantidade de lactose, é viável substituir o leite comum por leite com baixo teor de lactose, leite sem lactose ou hidrolisado do leite em pó, optando também por queijos, iogurtes e derivados em geral sem lactose.
Já para outras pessoas torna-se necessário a adição de enzimas de lactase para solucionar o problema. Algumas opções de enzimas disponíveis no mercado são o Enzylacto ultra, Lactosil, Lactase Enzyme, Lactease.
Uma alternativa é adicionar probióticos a dieta, pois junto com a enzima, ajuda o paciente a digerir a lactase (betagalactosidae).
As orientações gerais para os totalmente intolerantes é de lerem cuidadosamente os rótulos para que ingiram sempre alimentos isentos de lactos, evitando leite nas preparações e utilizar enzimas ou substitutos do leite de vaca. Já se o paciente tolerar, deve-se utilizar leites fermentados, queijo, coalhada, leite de vaca em pouca quantidade, respeitando suas individualidades.
A dieta de quem possui baixa tolerância a lactose não satisfaz as recomendações de ingestão de Cálcio, Vitamina D e Vitamina B2, sendo necessário assim a sua suplementação.
No texto da semana que vem abordaremos especificamente sobre a doença celíaca, nome dado à reação imunológica na ingestão de glúten. Até semana que vem!
Danielle Zambrano – @danizambranoo
Nutricionista (CRN 61384)
Pós-graduada em Emagrecimento, Nutrição e Fisiologia do Exercício.