Como Fazer a Introdução Alimentar de Forma Correta?

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Nutricionista (CRN 61384) Pós-Graduada em Emagrecimento, Nutrição e Fisiologia do Exercício.

“Meu trabalho com a Nutrição vai muito além de prescrever dietas e ajudar no emagrecimento. Acredito muito na valorização da saúde e no poder do despertar da beleza, sendo dois grandes valores que norteiam toda a minha atuação como nutricionista.”

Após os seus primeiros 6 meses de vida, inicia-se uma fase muito interessante na vida dos bebês: a introdução de alimentos em sua dieta que complementam as várias qualidades e funções do leite materno.

O precioso leite da mãe dever sim ser mantido preferencialmente até os dois anos de vida ou mais, porém a alimentação complementar também é importante para prover suficientes quantidades de água, energia, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais, por meio de alimentos seguros, culturalmente aceitos, economicamente acessíveis e que sejam agradáveis à criança.

Para isso, foram estruturados os dez passos para uma alimentação infantil saudável, sendo eles:

1 – Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.
2 – A partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.
3 – A partir dos seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, frutas e legumes) três vezes ao dia se a criança receber leite materno e cinco vezes ao dia se estiver desmamada.
4 – A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança.
5 – A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas/purês), e gradativamente aumentar a sua consistência até chegar à alimentação da família.
6 – Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.
7 – Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.
8 – Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
9 – Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados.
10 – Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.

Após os 6 meses de idade, se a criança continua em aleitamento materno (que deve ser sob livre demanda), inclui-se em sua rotina 1 papa de frutas no meio da manhã, 1 papa salgada no final da manhã e 1 papa de frutas no meio da tarde. Nessa etapa, as carnes e o ovo cozido (clara e gema) também podem ser introduzidos na rotina. Não devem ser oferecidos açúcar, doces, chocolates, refrigerantes e frituras.

A papa salgada deve conter um alimento do grupo dos cereais ou tubérculos, um dos legumes e verduras, um do grupo dos alimentos de origem animal e um das leguminosas. Como prepará-la? É simples: cozinhe todos os alimentos para deixá-los macios. Depois, amasse com garfo (não batendo no liquidificar e nem passando em peneira). A papa deve ficar consistente, em forma de purê grosso.

Já a criança que continua em aleitamento materno após os 12 meses de idade, além de receber o leite sob livre demanda, deve também ter em sua rotina alimentar 1 refeição pela manhã (pão e fruta com aveia), 1 fruta, 1 refeição básica da família no final da manhã, mais 1 fruta e, ao final da tarde, 1 refeição básica da família.

O Ferro e a Vitamina A são de especial importância nos primeiros anos de vida da criança. A deficiência de Ferro está associada com anemia ferropriva, retardo no desenvolvimento neuropsicomotor e na diminuição das defesas do organismo e da capacidade intelectual e motora.  O leite materno, quando oferecido exclusivamente, apesar de ter um conteúdo baixo de ferro, supre as necessidades desse micronutriente no lactente nascido a termo nos primeiros seis meses de vida. Os alimentos ricos em ferro são consumidos em quantidades insuficientes por crianças abaixo de dois anos. Por isso, faz-se necessário a adoção de estratégias para aumentar a ingestão de ferro como a fortificação de alimentos infantis e suplementação com ferro medicamentoso. Para aumentar a absorção de ferro, é importante o consumo de alimentos fontes de vitamina C (laranja, limão, tomate, abacaxi, acerola, goiaba, kiwi, manga), junto ou logo após a refeição.

Já a concentração de vitamina A no leite materno varia de acordo com a dieta da mãe. A absorção de vitamina A é afetada pelo conteúdo de gordura da dieta. O consumo do alimento complementar, junto com o leite materno (pouco antes ou depois) presumivelmente aumenta a absorção de caroteno e retinol da dieta.  As crianças cujas mães têm concentrações adequadas de vitamina A no leite materno alcançam, com relativa facilidade, as necessidades diárias da vitamina através de alimentos complementares adequados (1- 50g/dia). Em áreas endêmicas, onde a concentração de vitamina A no leite materno pode estar diminuída, recomenda-se a suplementação da mãe com vitamina A e/ou ingestão aumentada de alimentos ricos dessa vitamina por parte das crianças.

Danielle Zambrano

Nutricionista (CRN 61384)

Pós-graduada em Emagrecimento, Nutrição e Fisiologia do Exercício.

Quer mandar sua dúvida ou sugestão? Entre em contato comigo pelo e-mail: dani.zambrano@mybe.com.br

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